Mais uma vez consegui invadir o sistema da Sociedade, mas tenho pouquíssimo tempo. Desde minha última invasão, os Funcionários multiplicaram seus cuidados – por isso demorei tanto para voltar a entrar em contato com vocês.
Agora mesmo estão atrás de mim. Preciso correr, por isso deixarei aqui um poema que não foi incluído na Lista dos 100 Poemas. Ele foi escrito por Dylan Thomas, um poeta de uma Província galesa que viveu há muito, muito tempo. Estas palavras me ajudaram a abrir os olhos. Espero que abram os de vocês também.
Não entres nessa boa noite com doçura
Não entres nessa boa noite com doçura,
Pois a velhice deveria arder e delirar ao fim do dia;
Odeia, odeia a luz cujo esplendor já não fulgura.
Embora os sábios, ao morrer, saibam que a treva lhes perdura,
Porque suas palavras não garfaram a centelha esguia,
Eles não entram nessa noite acolhedora com doçura.
Os bons que, após o último aceno, choram pela alvura
Com que seus frágeis atos bailariam numa verde baía,
Odeiam, odeiam a luz cujo esplendor já não fulgura.
Os loucos que abraçaram e louvaram o sol na etérea baltura,
E aprendem, tarde demais, como o afligiram em sua travessia,
Não entram nessa boa noite com doçura.
Os graves, em seu fim, ao ver com um olhar que os transfigura,
Quanto a retina cega, qual fugaz meteoro, se alegraria,
Odeiam, odeiam a luz cujo esplendor já não fulgura.
E a ti, meu pai, te imploro agora, lá na cúpula obscura,
Que me abençoes e maldigas com a tua lágrima bravia.
Não entre nessa boa noite com doçura,
Odeia, odeia a luz cujo esplendor já não fulgura.
Agora mesmo estão atrás de mim. Preciso correr, por isso deixarei aqui um poema que não foi incluído na Lista dos 100 Poemas. Ele foi escrito por Dylan Thomas, um poeta de uma Província galesa que viveu há muito, muito tempo. Estas palavras me ajudaram a abrir os olhos. Espero que abram os de vocês também.
Não entres nessa boa noite com doçura
Não entres nessa boa noite com doçura,
Pois a velhice deveria arder e delirar ao fim do dia;
Odeia, odeia a luz cujo esplendor já não fulgura.
Embora os sábios, ao morrer, saibam que a treva lhes perdura,
Porque suas palavras não garfaram a centelha esguia,
Eles não entram nessa noite acolhedora com doçura.
Os bons que, após o último aceno, choram pela alvura
Com que seus frágeis atos bailariam numa verde baía,
Odeiam, odeiam a luz cujo esplendor já não fulgura.
Os loucos que abraçaram e louvaram o sol na etérea baltura,
E aprendem, tarde demais, como o afligiram em sua travessia,
Não entram nessa boa noite com doçura.
Os graves, em seu fim, ao ver com um olhar que os transfigura,
Quanto a retina cega, qual fugaz meteoro, se alegraria,
Odeiam, odeiam a luz cujo esplendor já não fulgura.
E a ti, meu pai, te imploro agora, lá na cúpula obscura,
Que me abençoes e maldigas com a tua lágrima bravia.
Não entre nessa boa noite com doçura,
Odeia, odeia a luz cujo esplendor já não fulgura.